Kirin, a japonesa de Caxias


Di Domenico - Presidente Brasil Kirin
foto:  dialogospoliticos.wordpress.com    

Após adquirir 50,45% das ações da Schincariol por R$ 3,95 bilhões e se tornar proprietária da marca e dos produtos Schin no país, a empresa japonesa de bebidas Kirin, que tem suas operações concentradas na Ásia (Japão, China, Taiwan, Vietnã, Tailândia, Cingapura e Filipinas) e na Oceania, criou a Brasil Kirin.


Comandada por Gino Di Comenico, brasileiro de origem italiana com mestrado em engenharia mecânica, a multinacional comemora as conquistas no disputado mercado de bebidas brasileiro.

Com um volume de investimentos iniciais na ordem de R$ 480 milhões direcionados a execução de Plano Estratégico de alavancagem, a empresa realizou uma série de mudanças estruturais ao longo dos últimos 12 meses:

  • Criou o Conselho Estratégico, melhorando o mecanismo de governança corporativa;
  • Executou um plano de revisão em seu Portfólio, com corte de 25% dos produtos que vinham sendo disponibilizados no mercado;
  • Fortaleceu as marcas superpremium e criou uma linha de produção exclusiva em Itu (SP);
  • Lançou a cerveja ‘No Grau’, específica para o nordeste.


Essas mudanças garantiram crescimento de 9,9% no volume de vendas de cerveja, enquanto o setor como um todo, teve alta de 3,3%. Em faturamento, as vendas subiram 12% no ano.

Dona das marcas de cerveja Nova Schin, Devassa, Glacial, Baden Baden e Eisenbahn, além de linhas de sucos, águas e refrigerantes, o grupo Schincariol tem 13 fábricas (uma delas em Caxias) e 10 mil funcionários. A empresa registrou um lucro antes de juros e impostos (Ebitda) de cerca de R$ 500 milhões.

Mas o objetivo de Di Domenico é alcançar fatias de mercado ainda maiores. Tendo como principais concorrentes a AMBEV e o Grupo Petrópolis, suas metas para este ano são:
  • Ampliar o número de pontos de vendas de 600 para um milhão;
  • Melhorar vendas nos mercados do sul e sudeste;
  • Transformar a força global da Kirin em vantagem competitiva no Brasil;
  • Melhorar sua fatia de Mercado de cervejas, hoje na ordem de 15%.


 Resta saber se entre os projetos de crescimento no mercado previstos pela empresa, estão inclusos programas sociais e de preservação do meio ambiente, como os que vinham sendo adotados pelo antigo grupo Schin, como o Atleta do Futuro, voltado para revelação de jogadores em diversas modalidades, com o objetivo de retirar a juventude do convívio com situações de risco e a substituição do óleo diesel por casca de babaçu para alimentação de suas caldeiras, utilizando uma matriz energética menos poluente e possibilitando ainda oportunidades de trabalho e renda para a comunidade rural da região dos cocais.

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